Hebreus 9:1-28 — Comentário de Matthew Henry
Hebreus 9 — Comentário de Matthew Henry
Hebreus 9
O apóstolo mostra aos hebreus suas cerimônias como tipo de Cristo. O tabernáculo era u, templo móvel que era sombra da situação instável da Igreja na terra, e da natureza humana do Senhor Jesus Cristo, em quem habitou corporalmente a plenitude da Deidade. O significado do tipo destas coisas aponta a Cristo como nossa Luz e Pão de vida perfeita, e a sua intercessão absolutamente vencedora. Assim era tudo em todo o Senhor Jesus Cristo desde o começo. Segundo a interpretação do evangelho, estas coisas são uma representação gloriosa da sabedoria de Deus e confirmam a fé em quem foi prefigurado por elas.
Comentário de Hebreus 9:6-10
O apóstolo continua falando dos serviços do Antigo Testamento. Ao ter-se proposto Cristo ser nosso Sumo Sacerdote, não podia entrar no céu até derramar seu sangue por nós; e tampouco ninguém pode entrar na bondosa presença de Deus aqui, ou a sua gloriosa presença no além, senão pelo sangue de Jesus. os pecados são erros, erros enormes de juízo e de prática, e quem pode entender todos seus erros? Eles deixam a culpa na consciência, que deve ser lavada somente pelo sangue de Cristo. podemos usar como argumento este sangue na terra enquanto Ele intercede por nós no céu.
Uns poucos crentes pelo ensinamento divino viram algo do caminho de acesso a Deus, da comunhão com Ele e da admissão ao céu por meio do Redentor prometido; porém os israelitas em geral não viram além das formas externas. Estas não podiam terminar a corrupção nem o domínio do pecado. Tampouco podiam saldar as dívidas nem resolver as dúvidas do que fazia o serviço. Os tempos do evangelho são, e devem ser, tempos de reforma, de luz mais clara acerca de todas as coisas necessárias que devem saber-se, e de amor maior, fazendo que não tenhamos má vontade com ninguém, e boa vontade para com todos. temos maior liberdade de espírito e de falar no evangelho, e obrigações maiores de levar uma vida mais santa.
Comentário de Hebreus 9:11-14
Todas as coisas boas passadas, presentes e futuras estiveram e estão fundamentadas no ofício sacerdotal de Cristo e dali nos vêm. Nosso Sumo Sacerdote entrou no céu Ed uma só vez por todas e obteve a eterna redenção. O Espírito Santo significou e mostrou depois que os sacrifícios do Antigo Testamento somente liberavam o homem externo da imundícia cerimonial, e os equipava para alguns privilégios externos. Que deu tal poder ao sangue de Cristo? foi que Cristo se ofereceu a si mesmo sem nenhuma mácula pecaminosa em sua natureza ou vida. Isto limpa a consciência mais culpável das obras mortas ou mortais para servir ao Deus vivo; das obras pecadoras, como as que contaminam a alma, como os corpos mortos contaminavam as pessoas dos judeus que os tocavam; de outro modo, a graça que sela o perdão cria de novo a alma contaminada. Nada destrói mais a fé do evangelho que enfraquecer por qualquer médio o poder direto do sangue de Cristo. Não podemos penetrar na profundeza do mistério do sacrifício de Cristo, não podemos apreender sua altura. Não podemos indagar sua grandeza nem sua sabedoria, o amor e a graça que há nEle. Porém, ao considerar o sacrifício de Cristo, a fé encontra vida, alimento e renovação.
Comentário de Hebreus 9:15-22
Os tratos solenes de Deus com o homem são, às vezes, chamados de alianças, aqui testamento, que é a vontade de uma pessoa de deixar legado às pessoas que nomeia, e que somente se faz efetivo a sua morte. Assim, pois, Cristo morreu nosso só para obter as bênçãos da salvação para nós, senão para dar poder a sua disposição. Todos nos fizemos culpáveis ante Deus, pelo pecado, e renunciamos a toda coisa boa, mas Deus, disposto a demonstrar a grandeza de sua misericórdia, proclamou uma aliança de graça. Nada podia ser limpo para um pecador, nem sequer seus deveres religiosos, salvo que fosse tirada a culpa pela morte de um sacrifício, de suficiente valor para este fim, e a menos que dependesse continuamente disso. Atribuamos todas as verdadeiras boas obras à mesma causa que todo procura, e ofereçamos nossos sacrifícios espirituais como aspergidos com o sangue de Cristo, e sejamos assim purificados de sua contaminação.
Comentário de Hebreus 9:23-28
Evidente é que os sacrifícios de Cristo são infinitamente melhores que os da lei, que não podiam procurar o perdão pelo pecado nem transmitir poder contra o pecado, o qual teria continuado sobre nós e teria domínio sobre nós, porém Jesus Cristo, por um sacrifício, destruiu as obras do diabo, para que os crentes fossem feitos justos, santos e felizes. Como nenhuma sabedoria, conhecimento, virtude, riqueza ou poder pode impedir que morra um da raça humana, assim nada pode livrar a um pecador de ser condenado no dia do juízo, salvo o sacrifício expiatório de Cristo; nem tampouco será salvado do castigo eterno aquele que desprezar ou rejeitar esta grande salvação. O crente sabe que seu Redentor vive e que o verá. Aqui está a fé e a paciência da Igreja, de todos os crentes sinceros. Dali, pois, sua oração contínua como fruto e expressão da fé deles. Amem, assim seja, vem, Senhor Jesus.
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