Hebreus 9 — Exposição da Carta aos Hebreus

Exposição de Hebreus 9 




Hebreus 9

9.1-7 O PRIMEIRO CONCERTO. Ao expor a maneira como o novo concerto é muito superior ao velho (ou o primeiro), o escritor aos Hebreus analisa os aspectos principais da adoração e do sacrifício na religião de Israel, (ver o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO)
9.4 A ARCA DO CONCERTO. A arca do concerto era uma caixa sagrada contendo um vaso de maná (lembrança da provisão de Deus), a vara de Arão que florescera de modo sobrenatural (lembrança dos atos poderosos de Deus) e as duas tábuas de pedra, nas quais constavam os Dez Mandamentos (lembrança da importância da lei como padrão de santidade que Deus requeria do seu povo). A cobertura da arca era uma placa de ouro chamada propiciatório, o qual falava da misericórdia redentora de Deus mediante o sangue derramado (ver a nota seguinte).
9.5 O PROPICIATÓRIO. No dia da expiação, tanto o sangue do touro que fazia a expiação pelo sumo sacerdote e sua família, quanto o sangue do bode que servia de oferta pelo pecado da nação, era esparzido sobre o propiciatório diante de Deus (Lv 16.2,14; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO). O propiciatório terrestre é uma figura ou tipo do trono da graça, no céu, do qual os crentes se aproximam mediante o sangue de Cristo, a fim de receberem graça e ajuda (4.16)
9.7 O SEGUNDO. No segundo compartimento do tabernáculo estava o santuário interior chamado o Santo dos Santos, que simbolizava a presença de Deus. O sumo sacerdote era rigorosamente proibido de entrar no Santo dos Santos mais que uma vez por ano. O Espírito Santo ensinava que, sob o antigo concerto, o acesso livre à presença de Deus ainda não estava franqueado, porque estreita comunhão com Ele só poderia existir somente depois de a consciência da pessoa ter sido purificada com perfeição (vv. 8,9). Essa purificação foi obtida quando Cristo morreu como sacrifício eterno pelo pecado.
9.14 O SANGUE DE CRISTO. O sangue de Jesus Cristo é o ponto principal do conceito de redenção no NT (1 Co 10.16; 11.27; Ef 2.13; 1 Pe 1.2; Ap 7.14; 12.11). Cristo, ao morrer na cruz, deu seu sangue inocente a fim de remover nossos pecados e nos reconciliar com Deus (5.8; Rm 5.19; Fp 2.8; cf. Lv 16). Pelo seu sangue, Cristo efetuou as seguintes coisas. (1) O perdão dos pecados de todos aqueles que se arrependem e crêem (Mt 26.28). (2) O resgate dos crentes do poder de Satanás e dos poderes malignos (At 20.28; Ef 1.7; 1 Pe 1.18,19; Ap 5.9; 12.11). (3) A justificação de todos os que nEle crêem (Rm 3.24,25). (4) A purificação da consciência do crente a fim de que este possa servir a Deus sem culpa e com toda a certeza (Hb 9.14; 10.22; 13.18). (5) A santificação do povo de Deus (13.12; 1 Jo 1.7-10). (6) A abertura do caminho para o crente chegar diretamente diante de Deus por meio de Cristo para obter graça, misericórdia, ajuda e salvação (Hb 10.19; 7.25; Ef 2.13,18). (7) A garantia de todas as promessas do novo concerto (Hb 10.29; 13.20; Mt 26.28; 1 Co 11.25). (8) A contínua aplicação do poder reconciliador e purificador do sangue de Cristo no crente à medida que este se aproxima de Deus por meio de Cristo (Hb 7.25; 10.22; 1 Jo 1.7).
9.15 MEDIADOR DE UM NOVO TESTAMENTO. Para comentários sobre o ofício de Jesus como mediador do novo testamento (concerto), ver o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO
9.28 APARECERÁ SEGUNDA VEZ. Sob o antigo concerto, os israelitas ficavam em intensa expectativa para ver se o sumo sacerdote reapareceria depois de entrar no santuário para fazer expiação. Da mesma forma os crentes, sabendo que seu sumo sacerdote entrou no santuário celestial como seu advogado, aguardam com ardente esperança o seu reaparecimento trazendo uma salvação plena e completa (ver Jo 14.3 nota; 2 Tm 4.8; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)


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