Salmo 14 — Estudo Teológico das Escrituras

Estudo Teológico das Escrituras


Salmo 14

RESUMO: Um lamento, o Salmo 14 contém fortes temas proféticos e de sabedoria. Ela se abre com desespero pela depravação de uma geração que age como se Deus não estivesse por perto. O salmo passa para o acerto de contas que virá porque Deus está do lado dos justos e dos pobres. Termina em confiança, com esperança de libertação e restauração. O salmo revela uma poderosa mensagem profética contra a classe dominante em uma terra que se dividiu, onde o alto estilo de vida dos opressores é alcançado às custas dos oprimidos. Ênfase semelhante em Deus como juiz pode ser observada nos Salmos 10; 12; 75; e Habacuque 1. Este salmo aparece também como Salmo 53, onde o nome de Deus é consistentemente o termo mais amplo Deus ('elohim), enquanto aqui o nome israelita especial SENHOR (Yahweh) é usado quatro vezes [Nomes de Deus]. A principal leitura das variantes é o Salmo 14: 5, 6 e o Salmo 53:5. Essas modificações podem refletir as tradições do norte (Sl 53) e sul (Sl 14) (Holladay: 70)


Comentário do Salmo 14

14.1-7 O Salmo 14, um poema de sabedoria, ao lado de seu quase gêmeo idêntico, o Salmo 53, contém profundas reflexões sobre a depravação humana. O claro desejo de Davi pelo livramento (v. 7) fornece o coro para seus dois cantos fúnebres sobre a depravação.

I. Os cantos fúnebres sobre a depravação (14.1-6)
A. O primeiro canto fúnebre: em forma de cânone, trata da universalidade da depravação (14.1-3)
B. O segundo canto fúnebre: em forma de balada, trata da futilidade da depravação (14.4-6)
II. O coro do livramento (14.7)
A. O desejo pelo livramento (14.7a)
B. A adoração como resultado do livramento (14.7b-c)

14.1 o insensato. Na Bíblia, essa designação tem um significado mais moral do que intelectual (Is 32.6).

14.1-3 Os “não há” e "todos" contidos nesses versos tornam as acusações universalmente aplicáveis. Não é de admirar que Paulo tenha incluído essas acusações em Rm 3.10-12. Há, também, uma associação escriturai comum da ação com o pensamento.

14.4-6 A mudança nas afirmações sobre o ímpio, da terceira pessoa (vs. 4-5) para a segunda pessoa (v. 6), intensifica esse confrontação com o julgamento divino. 14.7 Sião. Lugar da terra onde aprouve a Deus revelar sua presença, sua proteção e seu poder. Sl 3.4; 20.2; 128.5; 132.13; 134.3)

Índice: Salmo 10 Salmo 11 Salmo 12 Salmo 13 Salmo 14 Salmo 15 Salmo 16 Salmo 17 Salmo 18 Salmo 19 Salmo 20