Salmo 4 — Estudo Devocional
Estudo Devocional
Salmo 4
4.1 eu estava em dificuldade. Esta palavra indica adversidade, aperto e angústia. Toda pessoa pode passar por tempos de aflição intensa ou angústia, sofrendo uma sensação de asfixia, inclusive com dificuldade para respirar. Nessas horas a vida é sofrida, penosa e sem sentido, ameaçadora, como um imenso vazio. Em meio a uma crise pessoal, o salmista abre um diálogo triplo: primeiramente com Deus, a quem recorre como seu defensor e ajudador, o Deus que se compadece e que o ajuda a seguir adiante em meio aos problemas, e a quem ele clama com a confiança de que será ouvido. Mas o primeiro e importante passo dado foi reconhecer perante Deus que “estou em crise”, que sinto angústia, que estou em dificuldades.
4.2-5 homens poderosos, até quando… vão me insultar? Em segundo lugar, após ter clamado pela misericórdia de Deus, o salmista também se dirige a seus inimigos. Não é o caso de ignorar a existência dos inimigos ou das dificuldades — e nesse caso os inimigos são pessoas que conhecem a Deus, portanto ele questiona o mau procedimento, insultos, maledicências, mentiras e enganos, e lhes exorta a se examinarem e voltarem para Deus. Outro perigo comum nas situações que provocam angústia, ansiedade ou depressão é gastar muito tempo e energia tentando entender o que se passa ou apontar as culpas dos outros. O SENHOR me ouve. O salmista repreende seus adversários, mas a ele já não importa nem afeta o que seus inimigos disserem ou fizerem, porque sua referência está no Senhor. Independente das causas que desencadearam a crise, temos em Deus o socorro, o alívio e a vitória. A paz no coração vem do Senhor. Somos convidados a confiar no amor e na fidelidade de Deus, num relacionamento piedoso, cultivado como de filhos com pais. Perante essa realidade, o salmista afirma sua decisão de permanecer fiel e depositar sua confiança no Deus que o ouve, pois ele nos acalenta e fortalece quando a ele recorremos em oração. Veja os quadros “Quem são os nossos inimigos?”, Sl 17, e “Depressão”(Sl 42).
4.6-7 Dá-nos mais bênçãos. Outro perigo em situações de angústia é focarmos nossa esperança em ganhar riqueza; às vezes pensamos que, se tivéssemos mais dinheiro ou determinadas coisas materiais não sofreríamos tanto. O terceiro participante deste diálogo, então, somos nós mesmos, com nossos desejos e aspirações. O salmista olha para si próprio (vs. 7-8), declara-se feliz, reconhece que até sua alegria é um presente divino, e conclui que a felicidade dada por Deus é muito maior do que a alegria dos que têm fartura.
4.8 durmo em paz. Em paz com Deus, com seus inimigos e consigo mesmo, livre da ansiedade e dos temores, o salmista pode dormir em paz e tranquilidade porque descansa e confia em Deus, seu defensor. Temos inimigos que nos querem mal, temos desejos por mais riqueza material, mas vamos orientar nossa vida com Deus: o Senhor nos faz habitar em segurança ali onde estivermos, com os recursos que já temos, e ele é a nossa paz. Guardemos no coração e lembremo-nos sempre da graciosa promessa da amorosa presença e socorro que Deus nos proporciona em todo o tempo: descansemos nele.
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