Salmo 37 — Estudo Devocional

Salmo 37 
O fim dos maus e o fim dos bons
De Davi.


Devocional

37.1-40 Confie em Deus… e faça o bem. Este é mais um salmo a figurar entre os mais queridos. É muito buscado em tempos de decisões graves, de sofrimento profundo e de dúvidas angustiantes. Ele é também um dos “salmos acrósticos”, que consiste, no texto hebraico, de vinte e duas estrofes, cada uma com duas linhas, cada uma começando com uma letra na ordem do alfabeto hebraico. Este salmo faz parte, ainda, dos “salmos de sabedoria”, que se caracterizam por dar conselhos específicos. São orientações do tipo “direto ao assunto”, com certa semelhança com os provérbios, visando o cotidiano das pessoas em momentos agudos e estressados. O teor geral do salmo é que nos acalmemos, mesmo nesses tempos mais difíceis. Afinal, Deus é confiável e o futuro está nas suas mãos. Esta é a razão do apelo para que sejamos serenos e esperançosos. O texto parece como um conselho de uma pessoa mais idosa e experiente (v. 25) para alguém mais jovem e vulnerável. Realmente é revoltante ver o sucesso dos maus, e não somos indiferentes a isto. Mas a palavra do conselheiro aponta para mais adiante, para o caráter confiável de Deus, que sem dúvida fará justiça em breve.

37.1-11 não se aborreça. Esta frase expressa a principal recomendação, bem-enfatizada nos vs. 1,7-8. confie… e faça o bem. Embora muitos desonestos enriqueçam rapidamente, vale muito mais a pena fazer sempre o bem e confiar em Deus. E o salmista está confiante na restauração de seu aconselhando.

37.4 que a sua felicidade esteja no SENHOR. Há uma importante reorientação interna, que muito nos ajuda: em vez de buscar sucesso, riqueza e fama, que são todos passageiros e enganosos, busquemos alegria na companhia de Deus. Isso “apruma” o coração e, assim orientado, os desejos do nosso coração serão atendidos, aumentando ainda mais nossa satisfação.

37.5 entrega… ao SENHOR, confie nele. “Entregar nosso caminho” (como diz a tradução tradicional) é a chave para não se aborrecer (v. 1). Deus sabe o que faz, e por isso em tudo o que confiarmos a ele receberemos ajuda.

37.12-22 os maus fazem planos contra os bons. Os justos parecem fracos e indefesos, e os injustos fortes e poderosos. O aconselhamento é que o jovem olhe para além deste plano e enxergue mais além a reversão do quadro. Há semelhança entre este salmo e as “bem-aventuranças” de Jesus (Mt 5.3-12), onde o Mestre ensina que, por causa do Reino de Deus, é melhor agora estar entre os que sofrem, entre os humildes, mansos e que choram, porque Deus vai “inverter as coisas” quando o Reino for estabelecido. Veja o quadro “Quem são os nossos inimigos?”, Sl 17.

37.17 o SENHOR protege. A misericórdia de Deus nos susterá. Deus fortalece e mantém seus filhos. Vem do Senhor o amparo, a sustentação e a sobrevivência em meio à crise.

37.23-40 se caírem, não ficarão caídos. O estado aparentemente inferior do justo é apontado como provisório e a situação do injusto levará ele à destruição final (vs. 27-29,38).

37.31 guardam no coração a Lei do seu Deus. Para os bons tudo está centrado no coração, onde eles guardam o ensino de Deus. Veja como é precioso lermos e meditarmos na Bíblia!

37.34 ponham a sua esperança no SENHOR. Podemos esperar confiantes, pois Deus sempre cuidará dos seus.

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