Estudo sobre Gênesis 33
Gênesis 33: Parada em Maanaim
33.1-11. Enquanto Jacó fez a sua parada em Maanaim e Peniel, Esaú tinha feito a sua longa jornada ao norte a partir de Seir ou Edom (cf. 32.3); e assim, finalmente, os irmãos se encontraram, ainda na região de Peniel. Jacó demonstrou coragem pessoal, embora tivesse tomado precauções para proteger sua esposa e o filho favorito (v. lss). O grande grupo que acompanhava Esaú (v. 1) era semelhante em tamanho ao clã de Jacó (cf. v. 8); a própria reação cortês de Jacó (v. 9) deixou claro que não havia intenção hostil, aliás o contrário ocorreu da sua parte, e Esaú também agiu de forma amigável em todo o episódio. Há graça e nobreza nas palavras de Esaú; é interessante observar que o povo de Israel guardou uma memória tão digna dos ancestrais dos edomitas quanto foi desdenhosa a memória que guardaram dos antepassados dos moabitas e amonitas (cf. 19.30-38). O tempo, então, tinha corrigido o espírito vingativo de Esaú; não havia dúvidas de que Jacó também tinha amadurecido, perdendo muito do seu espírito traiçoeiro de antes, mas G. von Rad certamente está correto em achar que a experiência de Peniel mudou Jacó: “Depois da luta que teve com Deus, o relacionamento de Jacó com o seu irmão estava resolvido”. O cap. 33, sem dúvida, tem a intenção de ser um espelho de 32.22-32; não é coincidência que Jacó descreva a face de Esaú como semelhante à face de Deus (v. 10; cf. 32.30).33.12-20. Esaú estava certo de que Jacó o acompanharia para o sul até Edom, mas o seu irmão tinha outros planos. Com um último lampejo do seu espírito enganador, fez uma manobra para ganhar tempo (v. 13,14), residindo por um período numa área próxima — Sucote (v. 17) ficava bem perto do Jaboque —, e posteriormente indo rumo ao noroeste, para o outro lado do Jordão, Siquém (v. 18). Talvez ele tenha mudado de ideia, mas é mais provável que jamais tivera a menor intenção de se colocar permanentemente sob o domínio de Esaú. Abraão havia passado por Siquém muito tempo antes (12.6,7), mas Jacó planejou ficar mais tempo, como mostra a aquisição de uma propriedade na região (v. 19). (É incerto o valor da quesita [nota de rodapé da NVI]; a NEB entende que a palavra significa “ovelhas”.) Como havia feito seu avô, ele também erigiu um altar, reivindicando a região para Deus, que agora, a partir do cap. 32, podia ser chamado apropriadamente de “Deus de Israel” (v. 20, NTLH).
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