Estudo sobre Gênesis 40
Gênesis 40
Na prisão (40.1-23)
O destino de José era
passar um tempo considerável na prisão (v. 1; cf. 41.1). A experiência serviria
para preparar o caminho para o passo seguinte na sua carreira, embora
não da forma que esperava. Esse pedido de ajuda, tão natural ao ser
humano (v. 14), caiu em ouvidos surdos, ou melhor, em ouvidos esquecidos (v.
23). Assim, mais uma vez se destaca que Deus e somente Deus estava no
controle da vida de José. O capítulo também destaca o fato de que
apenas Deus pode conceder o dom de interpretação de sonhos (v. 8). Os sonhos têm
um papel relativamente pequeno na Bíblia como um todo, mas são um
tema-chave na carreira de José. Em geral, a Bíblia não sugere que
normalmente os sonhos transmitam orientação de Deus; a sua
importância nesse contexto egípcio corresponde à importância atribuída a
eles pelos antigos egípcios, que escreviam tratados “científicos” com
base na interpretação de sonhos. O desânimo dos dois prisioneiros
distintos — ambos eram oficiais do palácio, cuja “ofensa” (cf. v. 1)
pode ter sido política — sem dúvida era devido ao fato de que na
prisão não tinham possibilidade de consultar os experts da
interpretação de sonhos. A resposta de José (v. 8) é tanto polêmica (desdenhosa
em relação a tais “experts”) quanto tranquilizadora (visto que ele
é um homem que está em contato com Deus).
Os dois sonhos são bastante
semelhantes, mas proporcionam um contraste interessante com os do próprio José
(37.5-11). O último não tinha necessitado de interpretação alguma, pois o
seu significado era por demais óbvio; o sonho do chefe dos copeiros não
era tão obscuro assim, mas o que o perturbava eram os três ramos
(v. 10); o sonho do chefe dos padeiros, no entanto, era realmente
enigmático. A explanação de José indicou a grande diferença de destinos que
aguardavam os dois homens, mas destacou as semelhanças exteriores ao
repetir a importante frase: “Faraó vai levantar a sua cabeça” (v. 13,19;
em hebraico, é a mesma frase nos dois versículos). Essa expressão
idiomática normalmente expressava favor, como no caso do copeiro, mas
o seu significado seria mais literal e pavoroso para o padeiro.
A continuação breve
(v. 20-23) demonstra o poder de Deus tanto no cumprimento exato das predições
quanto no fracasso da ajuda humana para José. A soltura de um prisioneiro
no dia do aniversário do faraó (v. 20) é um dos detalhes dos
capítulos que tratam de José que tem sido verificado com base
nos registros egípcios, nesse caso, na famosa Pedra de Roseta, que
forneceu as primeiras pistas para a decifração e compreensão da antiga língua
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