Salmo 16 — Estudo Devocional

Salmo 16 

O Salmo 16 é um salmo lindo e introspectivo atribuído ao Rei Davi. Expressa confiança na proteção e orientação de Deus e na alegria que advém de um relacionamento próximo com Ele. Aqui está uma aplicação vital do Salmo 16:

1. Busque a Presença de Deus: O salmo começa com uma declaração de busca de refúgio em Deus. Em sua vida, priorize a busca da presença de Deus por meio da oração, da meditação e da adoração. Faça do tempo que passa com Deus uma prática diária.

2. Reconheça Deus como sua fonte: Davi reconhece que Deus é seu Senhor e fonte de bondade. Em sua vida, reconheça Deus como a fonte última de tudo o que é bom e seja grato por Suas bênçãos.

3. Guarde o seu coração: O salmista declara: “Não serei abalado”. Em sua vida, esforce-se para manter a força e a estabilidade interiores, mesmo diante dos desafios. Proteja seu coração contra o medo, a dúvida e a negatividade por meio da fé e da confiança em Deus.

4. Abrace o contentamento: Davi expressa contentamento com a porção que lhe foi atribuída. Em sua vida, pratique o contentamento apreciando o que você tem e não desejando constantemente mais. Confie que Deus conhece suas necessidades e proverá.

5. Evite a idolatria: O salmo adverte contra recorrer a outros deuses. Em sua vida, esteja atento à idolatria, que pode assumir a forma de posses materiais, status ou outras atividades que tenham precedência sobre seu relacionamento com Deus.

6. Consulte Deus para orientação: Davi reconhece que Deus o aconselha. Busque a orientação de Deus em todos os aspectos da sua vida, incluindo decisões importantes, relacionamentos e crescimento pessoal.

7. Alegre-se na Presença de Deus: Davi encontra alegria e prazer na presença de Deus. Em sua vida, encontre alegria e realização em seu relacionamento com Deus. Cultive uma sensação de paz e felicidade que advém de conhecê-Lo intimamente.

8. Viva com Esperança: O salmo fala de esperança na presença de Deus e da promessa de alegria eterna. Na sua vida, viva com esperança e confiança nas promessas de Deus, sabendo que o seu futuro está seguro nas Suas mãos.

9. Pratique a generosidade: Davi reconhece que não derramará libações de sangue a falsos deuses. Em sua vida, pratique a generosidade, mas faça-o de uma forma que se alinhe com sua fé e seus valores. Doe para causas que promovam o amor, a justiça e a compaixão.

10. Reflita sobre a orientação de Deus: Reflita periodicamente sobre como Deus guiou e abençoou sua vida. Lembrar-se de Sua fidelidade pode fortalecer sua fé e aumentar sua gratidão.

11. Compartilhe seu testemunho: Assim como Davi compartilhou sua confiança em Deus e sua alegria em Sua presença, compartilhe seu testemunho da bondade e fidelidade de Deus com outras pessoas. Sua história pode inspirar e encorajar as pessoas ao seu redor.

Em resumo, o Salmo 16 nos encoraja a buscar a presença de Deus, reconhecê-Lo como nossa fonte de bondade, guardar nossos corações, abraçar o contentamento, evitar a idolatria, consultar a Deus para orientação, regozijar-nos em Sua presença, viver com esperança, praticar a generosidade, refletir sobre Sua presença. orientação e compartilhar nosso testemunho. Ao aplicar esses princípios, você poderá aprofundar seu relacionamento com Deus e experimentar a alegria e o contentamento que advêm da confiança Nele.

Devocional

16.1-11 tudo o que tenho de bom. Deus no céu e os amigos queridos e irmãos em Cristo na terra! O verdadeiro bem, a verdadeira riqueza e gozo, provêm da salvação, da comunhão com Deus e com o povo de Deus. É o que dá esperança, alegria, e sentido à nossa existência na terra.

16.1 Guarda-me, ó Deus, pois em ti tenho segurança! Quando as aflições são grandes algumas pessoas procuram refúgio em lugares ermos. Uns se refugiam nas montanhas, outros numa praia deserta e outros buscam as cavernas, a exemplo de Elias que, no momento mais difícil de sua vida, caminhou pelo deserto e se refugiou numa escura caverna do monte Horebe (1Rs 19.9). Nos dias de hoje muitos se refugiam nas drogas, no álcool, ou na internet, compartilhando a insegurança e o desespero com grupos virtuais, a maioria deles despreparados para ajudar. O salmista em situação de dificuldade e insegurança buscou refúgio em Deus. Este é um exemplo a ser seguido! Algumas igrejas possuem ministérios específicos para ajudar seus fiéis em situações de desespero e insegurança. O cristão pode se valer desse importante recurso espiritual, e Jesus também nos estimula a buscarmos a Deus, ao afirmar: “peçam e vocês receberão, procurem e vocês acharão, batam, e porta será aberta para vocês” (Mt 7.7). Portanto, o cristão em quaisquer circunstâncias de crise pode se refugiar naquele que está sempre pronto a acudir: Jesus Cristo, o verdadeiro porto seguro e socorro bem presente nas tribulações. Quando você se sentir inseguro e debilitado, primeiramente refugie-se no Senhor, e considere também fazê-lo compartilhando sua dúvida e aflição com um conselheiro habilitado. O apóstolo Paulo reforça essa atitude de solidariedade: “Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram” (Rm 12.15).

16.2 Eu disse a Deus:… tudo o que tenho de bom vem de ti. Davi de- monstra total reconhecimento da provisão e da soberania de Deus na sua vida. Como no milenar pronunciamento de Jó quando perdeu todos os filhos e filhas num catastrófico acidente, além da imensa riqueza adquirida ao longo dos anos: “Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer. O Senhor deu, o Senhor tirou; louvado seja o seu nome!” (Jó 1.21). Com o ensino do Salmista e o exemplo de desprendimento de Jó aprendamos a reconhecer que tudo que adquirimos, possuímos e amamos veio de Deus e pertence a Deus. Não deixemos que os nossos bens afetivos e materiais nos distanciem do nosso criador e Senhor.

16.3 Como são admiráveis as pessoas que se dedicam a Deus! Há na terra os que se santificam, são humildes e se esforçam para fazer a vontade de Deus em suas vidas. O relacionamento com essas pessoas faz bem e nos é prazeroso. Você encontrará pessoas assim nos grupos e igrejas que se reúnem para louvar a Deus e aprender da sua palavra. Algumas igrejas inclusive preparam e treinam conselheiros para exercerem o ministério de ajuda — homens e mulheres conhecedores da Palavra de Deus, cursados para tal fim, dedicados à oração e preparados espiritual e emocionalmente para servir, oferecendo companheirismo e apoio aos necessitados de ajuda. Precisando de ajuda ou não, é muito bom manter uma relação de convivência com outras pessoas que se dedicam a Deus.

16.4 trazem muito sofrimento para si mesmos. Há os que trocam a dependência do único Deus e Senhor por outras coisas. Alguns desses “pequenos deuses” têm nomes específicos: dinheiro, sexo, bebida, jogo, droga, orgulho, beleza, poder e outros afins. Quando o indivíduo depende emocionalmente de um desses deuses, isso se chama idolatria. A idolatria é a devoção sob dependência emocional de qualquer coisa, causa ou pessoa colocadas acima de Deus. Quem assim procede traz sofrimento para a sua vida. Durante a crise econômica que afetou os EUA em 1929 (como também nas crises atuais), com a queda das bolsas de valores abalando a economia mundial, muitas pessoas que investiram suas economias no mercado de capitais e colocaram as suas esperanças no dinheiro, ao perceberem que da noite para o dia estavam pobres, entraram em estado de desespero e angústia. Algumas procuraram no suicídio a solução para as suas aflições, porque as suas vidas estavam alicerçadas no dinheiro. Convém ao cristão ficar atento quanto à sua dependência emocional. Conscientizemo-nos de que tudo o temos na verdade é dado por Deus (v. 2), e assim nos defenderemos da in- fluência dos “pequenos deuses” que, sutil e sorrateiramente pro- curam se infiltrar entre os filhos de Deus para em algum momento roubar-lhes a bênção e a paz.

16.5-6 Tu és tudo o que tenho. Somente Deus é a nossa legítima herança, verdadeira e única riqueza. Como são boas as bênçãos que me dás! São maravilhosas as bênçãos dadas para cada um de nós, e é importante reconhecer isso. O reconhecimento dessa herança tem extensão eterna, pois a eternidade começa aqui onde nascemos e vivemos; para isto, é necessário nos conscientizarmos de que Deus é o nosso legítimo e grande tesouro e assim nos sentirmos participantes dessa maravilhosa e abundante riqueza.

16.7 durante a noite a minha consciência me avisa. A noite é uma boa oportunidade para se fazer uma avaliação do dia que findou. À noite, antes de conciliar o sono, podemos reconhecer e louvar a Deus por todos os livramentos do dia, pelas orientações e pelos ensinamentos recebidos do Senhor. E somos chamados ao silêncio para escutar a sua voz, inclusive para identificar pecados e nos reconciliarmos no perdão e restauração do Senhor. Quem tem o Senhor Deus como conselheiro goza de boas vantagens: Deus é o Conselheiro por excelência, dono da sabedoria universal e conhecedor de todas as respostas para as dúvidas humanas. Em Deus temos um Conselheiro disponível para nos ouvir em todas as circunstâncias, nos feriados, nos dias santificados e em qualquer hora do dia e da noite. Assim nos aproximamos da experiência do salmista: “Quando me deito, durmo em paz, pois só tu, ó Senhor, me fazes viver em segurança” (Sl 4.8).

16.8-10 Estou certo de que o SENHOR está sempre comigo. Quem tem a certeza da presença de Deus, goza de tranquilidade e está preparado para os embates da vida, com segurança mesmo diante das ameaças de morte: “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo” (Sl 23.4). Jesus antes de ir para o Pai consolou os discípulos com essas palavras: “Eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). A grande felicidade do cristão consiste na evidência de que Jesus está com ele diuturnamente e o seu corpo é moradia do Espírito Santo.

16.11 Tu me mostras o caminho que leva à vida. Os caminhos do conhecimento, da filosofia, das letras, da ciência, da tecnologia, da informática e outros semelhantes são importantes, e significativos para a existência terrena. Mas o caminho da vida eterna é somente um: Deus se revelou em Cristo Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6).

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