Comentário da Carta de Tiago 1:15

Então o desejo, tendo-se tornado fértil, dá à luz o pecado...

Quando retemos um desejo errado, em vez de rejeitá-lo, permitimos que se torne fértil. Igual a uma semente plantada, tem o potencial de germinar. Daí, quando nós mesmos, por nutrir a idéia, fornecemos o cultivo, ela certamente germinará. Nutrindo-se o desejo no coração, a pessoa, por fim, comete pecado. De forma que o pecado decorre do desejo errado que é nutrido até ser dado à luz. (Veja o Salmo 7:14.) Tiago não quer dizer que o desejo errado só seja pecaminoso quando se manifesta num ato errado, porque nutrir um desejo errado já é em si mesmo pecaminoso. Por exemplo, o apóstolo João escreveu: “Todo aquele que odeia seu irmão é homicida, e vós sabeis que nenhum homicida tem permanecente nele a vida eterna.” (1 João 3:15; compare isso com Mateus 5:28.) O desejo errado gera o ato errado e encontra sua expressão nele; e é a esta manifestação de pecado que Tiago se refere.

O pecado, por sua vez, tendo sido consumado, produz a morte...

Dá para pensar seriamente que qualquer pecado pode levar à morte. Caso alguém permita que o desejo errado se arraigue no seu coração e que a lei de Deus seja violada, ele incorre em condenação. Se não se corrigir, poderá até mesmo cair sob o domínio do pecado e da transgressão relacionada, e merecer a morte. “O salário pago pelo pecado é a morte.” (Rom. 6:23) Isto certamente dá ênfase à importância de se resistir às inclinações pecaminosas da carne.