Comentário da Carta de Tiago 1:6-8
Mas, persista ele em pedir com fé, em nada duvidando...
Pedirmos a Deus sabedoria com respeito às provações deve ser feito com fé. É a espécie de fé e confiança que se deve ter num pai amoroso, que se interessa profundamente no bem-estar de seus filhos. Não deve haver nem a mínima dúvida sobre a nossa necessidade de sabedoria e sobre Deus concedê-la. O peticionário precisa ter plena fé em Deus e no Seu Filho, e na prontidão deles de prover o necessário. Não deve ter outro motivo senão os interesses da fé cristã e dos propósitos de Deus. Seu próprio bem-estar, naturalmente, está intimamente relacionado com estas coisas, e tal oração também estará nos seus próprios melhores interesses. (Mar. 11:24)
Pois quem duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida pelo vento e agitada...
Quem não tiver certeza quanto às suas petições, quanto a se Deus responderá a elas, deveras é instável. A incerteza priva-o da paz mental e de coração. Às vezes pode sentir um surto de esperança e confiança, e depois recair no desespero e na dúvida. Não está confiando, de todo o coração, todos os seus assuntos a Deus. Tal duvidoso é semelhante a uma onda do mar, impelida em todas as direções — para cima e para baixo, bem como para o lado. Visto que lhe falta a firme convicção, é facilmente influenciado pela pressão das circunstâncias. (Veja Efésios 4:14.)
De fato, não suponha tal homem que há de receber algo de Yahweh...
Certamente, quando alguém ora e ao mesmo tempo sente dúvidas no coração, não pode esperar receber algo de Yahweh. Ele não espera de todo o coração a ajuda divina. Suas dúvidas impedem-lhe de ter plena confiança no Altíssimo, estribando-se nele. Não possui a fé que Deus requer, porque “sem fé é impossível agradar-lhe bem, pois aquele que se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que seriamente o buscam”. (Heb. 11:6)
Ele é homem indeciso, instável em todos os seus caminhos...
Sua dúvida e sua falta de confiança não se limitam aos assuntos de oração. O mesmo espírito de dúvida se manifesta em todos os outros aspectos de sua vida. Por causa de sua indecisão, ele cambaleia “em todos os seus caminhos”. Não adere a nada. Tal indecisão praticamente tornaria sem valor a orientação divina, visto que o indeciso provavelmente não a seguiria e executaria. Na sua instabilidade, realmente não está resolvido na sua própria mente sobre o que quer mesmo fazer, nem mesmo quanto a estar genuinamente decidido a seguir a orientação de Deus.