Exemplo Supremo de Jesus Cristo — Hebreus 12:1-3
Tendo perscrutado as realizações dos heróis da fé do passado, o escritor sagrado confronta seus leitores com a inspiração e o desafio deixado pelo exemplo daqueles (v. 1); que enfrentassem sua luta com concentração e constância similares. Acima de tudo, ele os exorta a encontrar encorajamento para enfrentar o opróbrio e a perseguição enchendo deliberadamente as suas mentes com pensamentos sobre Jesus e Sua triunfal realização (v. 2-3). Que se fortalecessem contra o desânimo e o colapso relembrando o que Ele suportou e reconhecendo que, em face da vergonha e do sofrimento extremos da crucificação, Ele considerou como melhor a alegria da recompensa celestial que agora desfrutava permanentemente como Aquele que tinha sido entronizado à mão direita de Deus. Além disso, a maneira e o sucesso de Sua realização não apenas tornou possível seguirmos pela mesma vereda da fé, mas igualmente garante que Ele nos capacitará a completar aquilo que nos capacitou a começar. Desse modo, portanto, Ele é tanto o iniciador (Autor) como o terminador (Consumador) da nossa fé. Cf. Hb 2.10 (onde “Autor” é a mesma palavra no grego como aqui), Hb 5.8-9; Hb 7.25.
Tão grande nuvem de testemunhas (v. 1). Apesar de que a ideia de uma multidão circundante de espectadores possa ser incluída, a referência primária é ao testemunho deles. São as testemunhas de Deus para conosco, os quais nos encorajam mediante o seu exemplo. Pecado (v. 1-4), na mente deste escritor sagrado, parece freqüentemente significar um ato de apostasia. Aqui a tentação é desistir totalmente da corrida, uma tentação que constantemente lhes é apresentada aos olhos, a qual, por isso mesmo, precisava ser decisivamente rejeitada e inflexivelmente resistida (cf. Hb 3.12-14; Hb 10.26,38; Hb 11.25). Perseverança (v. 1); note-se a repetição da ideia de perseverança (vers. 2,3,7). Jesus (v. 2). Note-se o significado do nome humano do Senhor, aqui desacompanhado de qualificativos (cf. Hb 2.9; Hb 6.20; Hb 7.22; Hb 12.24; Hb 13.12); foi Ele que pessoalmente manteve o conflito. A oposição dos pecadores (v. 3) significa nada menos que a rejeição de Suas reivindicações devido a sua rebeldia desafiadora. Cf. “é contra César” (Jo 19.12).