Isaías 17 — Explicação das Escrituras

Isaías 17

Isaías 17 contém uma profecia contra Damasco, a capital da Síria. O capítulo prevê a destruição de Damasco e das cidades da Síria devido à sua idolatria e rebelião contra Deus. As imagens utilizadas enfatizam a ruína completa que se abaterá sobre estas cidades. O capítulo também alude a um tempo futuro em que Israel retornará para Deus. No geral, Isaías 17 transmite a mensagem de que o julgamento de Deus se estende além das nações individuais e sublinha a importância da justiça e da fidelidade.

Explicação

17:1–3 O terceiro oráculo prediz a destruição de Damasco, a principal cidade-estado da Síria, e de suas cidades satélites. Devido à sua aliança com a Síria, Efraim (Israel) partilhará uma queda semelhante. Efraim será despojado de suas defesas, Damasco de seu reino e os sírios sobreviventes de sua glória. Damasco foi destruída pelos exércitos assírios em 732 a.C., e Samaria caiu dez anos depois.

17:4–6 No dia do seu julgamento, Israel cairá em desgraça e passará fome. Ela será devastada como os campos colhidos no Vale de Refaim – apenas um pequeno remanescente restará.

17:7–11 Então as pessoas se voltarão para o Deus vivo e verdadeiro, seu Criador, o Santo de Israel, e renunciarão a tudo o que tenha a ver com idolatria. As cidades fortificadas ficarão devastadas, como as cidades dos heveus e dos amorreus depois que os israelitas invasores as conquistaram. E por que tudo isso acontecerá? Porque o povo de Deus se esqueceu Dele e se voltou para mudas estrangeiras, ou seja, alianças, religiões e costumes estrangeiros. A colheita será desastrosa.

17:12–14 Começando com o versículo 12 e continuando ao longo do capítulo 18, temos um breve interlúdio com dois movimentos, cada um começando com “Ai”. O primeiro movimento retrata as nações gentias movendo-se contra Israel com o barulho impressionante da guerra moderna. Mas de repente eles são repelidos pelo Senhor, e a ameaça a Israel é eliminada da noite para o dia, como na destruição do exército assírio.

Notas Adicionais

17.1-11 Na altura em que esta profecia foi pronunciada, Israel havia se confederado com Damasco, como medida de proteção contra a Assíria. Para se defender das ameaças da coligação de Israel e Damasco, Judá se viu forçado a procurar a proteção dos assírio. Tinha que optar ou pela guerra contra a Assíria, ou pela paz com aquele império, conservando assim uma independência que não incluiria o direito de fazer grande figura na política internacional.

17.1 Damasco. De todas as cidades que até hoje se habitam na terra original, talvez Damasco seja a mais antiga no mundo; já se menciona em Gn 15.2. A profecia se cumpriu, como se cumpriram as contra Jerusalém. Foi destruída, o que não impediu que posteriormente fosse reconstruída.

17.2 Aroer. 22 km ao leste do mar Morto, veja Jr 48.19; Js 13.16, 25.

17.3 Glória. Aqui significa abundância, em cereais, vinho e gado.

17.6 Sacudir. Neste método de colher as azeitonas, sempre fica alguma que não vale a pena subir para arrancar. Semelhantemente, Judá seria reduzida a um estado tão desprezível, que os exércitos dos estrangeiros não se dariam mais ao trabalho de ver se ainda sobrou algo.

17.7, 8 Este trecho mostra que o julgamento de Deus, em desencadear a invasão da Síria, e de Israel, teria o efeito desejado: alguns ainda reconheceriam que Deus é justo nos seus julgamentos, e se arrependeriam. Altares do incenso. Heb hammãnm, pilares erguidos em adoração ao Sol, ou imagens, por intermédio das quais se prestava culto ao Sol, 21.9; 30.22; 41.29; 42.8,17.

17.7 Criador. Deus recebe este nome também em 27.11; 51.13; 54.5.

17.9 Cidades fortes. Fortalezas para refúgio em épocas de guerra.

17.10 Salvação. Esta palavra, como substantivo, heb yêsha', só ocorre esta única vez no livro, mas a ideia é encontrada 23 vezes; além disto, faz parte do nome de Isaías, que significa “Deus é salvação”. Fortaleza. Heb çur, “rocha”, “força”, “auxílio”, “segurança”. Plantações. Talvez os “jardins de Adonis”, nos quais era adorado o deus Adonis, nas festividades que não passavam de bacanais.

17.13 Montes. As eiras para debulhar se achavam em pontos altos, de onde a palha e o debulho eram levados para longe pelo vento, quando o cereal era atirado para o ar com a pá.

17.14 Anoitecer... amanheça. O cumprimento desta profecia descreve-se em 37.36 e em 2 Rs 19.35-36.

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