Isaías 21 — Explicação das Escrituras

Isaías 21

Isaías 21 contém uma profecia a respeito de diversas nações, particularmente da Babilônia. O capítulo descreve uma visão de destruição iminente para a Babilônia, retratada como um vigia anunciando a queda da cidade. Também se dirige a Edom, outra nação, alertando sobre uma época de devastação e turbulência. O capítulo pinta um quadro de caos e convulsão na região. O tema geral é o julgamento divino sobre as nações que agiram contra os caminhos de Deus. Serve como um lembrete das consequências do orgulho e da injustiça e sublinha a soberania de Deus ao longo da história.

Explicação

21:1–4 Os três oráculos do capítulo 21 trazem más notícias para Babilônia, Edom e Arábia.

O deserto do mar é Babilônia, talvez aquela parte da Babilônia adjacente ao Golfo Pérsico. A destruição rugirá sobre ela como redemoinhos... vindos do deserto. Porque ainda saqueia e saqueia, será arrasado pelos persas (Elam) e pelos medos (Média). Babilônia não mais fará com que outros, como os cativos judeus, gemam. A visão é tão terrível que causa grande angústia em Isaías.

21:5 Enquanto os governantes festejam e festejam em suposta segurança, de repente soa o chamado às armas (“Unja o escudo!”). A referência, claro, é à Festa de Belsazar (Dan. 5).

21:6–10 O Senhor instrui Isaías a nomear um vigia para descrever as hordas de ataque, especialmente as inúmeras unidades de cavalaria. Depois de esperar dias e noites, ele relata o avanço dos cavaleiros aos pares. Isto pode sugerir os medos e os persas. Então, com um rugido de leão, ele anuncia a queda de Babilônia e de sua religião idólatra. O anúncio é uma mensagem de conforto para Israel, uma nação que foi debulhada e peneirada pela Babilónia. É bom lembrar que esta profecia foi feita cerca de duzentos anos antes da queda de Babilônia.

Nós também podemos ser vigias do reino de Deus:
O vigia é alguém que segue os conselhos de Deus, sabe o que está por vir e está atento ao acontecimento. Portanto, agora, aquele que aprende das Escrituras completas o que Deus predisse, discernindo Seus propósitos, não por interpretação especulativa, mas comparando Escritura com Escritura, e aceitando o que nelas está esclarecido, é capaz de alertar e exortar outros. Ele está na torre de vigia (versículo 7) em comunhão com Deus. (Vine, Isaiah, p. 62.)
Julgamento sobre Dumá (Edom) (21:11, 12)
Dumah é Iduméia ou Edom. Um ansioso edomita pergunta ao vigia até que ponto a noite já passou, isto é, se a ameaça assíria está quase acabando. A resposta é:

A noite da sua atual turbulência terminará e um novo dia se seguirá, mas logo outra noite chegará. Se você busca uma resposta reconfortante para suas perguntas ansiosas, você deve primeiro “retornar”, uma palavra que também significa “arrepender-se”. Só então a resposta será a que você esperava; a noite do seu sofrimento terminará e uma nova manhã brilhante de libertação surgirá sobre você.31

Julgamento sobre a Arábia (21:13–17)
Também há problemas pela frente para a Arábia. As caravanas se esconderão (alojarão) na floresta do exército assírio, e aqueles que escaparem da carnificina sofrerão intensa fome e sede. O Senhor decretou que a glória da Arábia desaparecerá num ano e apenas alguns dos seus famosos guerreiros sobreviverão. A expressão “o ano do contratado” significa não um dia a mais do que um ano.

Notas Adicionais

21.1 Deserto do mar. A Babilônia, cujo rio central, o Eufrates, se chamava “mar” nas inscrições da época, por causa das suas inundações frequentes. Do deserto. Refere-se ao deserto que separa a Babilônia da Pérsia, isto é, das suas províncias de Elão da Média.

21.2 Elão... Média. Elão foi uma província ao oriente do Tigre, junto à margem do Golfo da Pérsia; Média foi o distrito montanhoso que fez divisa com Elão ao norte. Estes dois nomes representam o império da Pérsia, que haveria de surgir em 539 a.C. ano da destruição do império da Babilônia. Aqui já na primeira parte do livro, trata-se de profecias de um futuro muito distante, depois da Babilônia ter destruído o império da Assíria, tornando-se depois, uma ameaça tão grande quanto havia sido a Assíria.

21.4 A noite que eu desejava. Pode ser traduzida por “noite do seu prazer”. Em tal caso, este versículo seria uma visão profética da atitude de Belsazar na noite da sua grande festa pagã, ao ouvir o julgamento de Deus, que seu reino seria entregue aos persas (Dn 5.1-31).

21.5 Untai. Os escudos foram untados para melhor aparar ao golpe inimigo (cf. 2 Sm 1.21).

21.6-8 Isaías está profetizando de um futuro distante: pensa em outros profetas que também saberão ler os sinais dos tempos ao chegar a época, da qual está profetizando, Neste assunto, Daniel foi o principal atalaia, mas veja também Ezequiel, Jeremias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

21.9 Caiu Babilônia. Em Apocalipse (14.8 e 18.2), Babilônia simboliza a apostasia, o paganismo, o mundanismo e o materialismo.

21.11 Dumá. Outro nome de Edom, território dos descendentes de Esaú. Seir. O monte principal de Edom, que se localizava em uma serra central com o mesmo nome. Que horas? A noite dividia-se em quatro vigílias, de três horas cada, entre 18 horas e 6 horas da manhã.

21.12 A resposta pode indicar que o decorrer da história vai trazendo a aurora da salvação para os fiéis, e as trevas eternas para os ímpios; e que cada um, para definir sua parte nestas coisas, precisa continuar consultando os oráculos divinos.

21.13 A Arábia. Os árabes são descendentes de Ismael, filho de Abraão e de Hagar. Dedanitas. Mercadores do deserto, descendentes de Abraão e de Quetura (cf. Gn 25.1218).

21.14 Tema. Capital da tribo ismaelita da região dos dedanitas.

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