Isaías 23 — Explicação das Escrituras

Isaías 23

Isaías 23 contém uma profecia contra a cidade costeira de Tiro. O capítulo fala da queda e humilhação de Tiro devido ao seu orgulho, riqueza e confiança em sua própria força. O comércio e a prosperidade da cidade chegarão ao fim e Tiro será esquecida por um período de tempo. O capítulo também alude a uma futura restauração de Tiro, sugerindo que após um período de exílio, a cidade retornará ao seu antigo status. No geral, o capítulo serve como uma advertência contra a arrogância e o materialismo e sublinha a soberania de Deus sobre a ascensão e queda das nações.

Explicação

23:1–5 Retornando de Társis (provavelmente significa Espanha aqui), os marinheiros de Tiro recebem a notícia da queda da cidade quando chegam a Chipre. Com suas casas destruídas e sem porto para onde retornar, eles uivam de consternação. Os mercadores de Sidon ficam sentados em um silêncio atordoado enquanto se lembram de como seus vizinhos tírios cruzaram o mar, trazendo grãos do Alto Nilo (Shihor), como eles foram os mercadores das nações. Sídon, a cidade-mãe de Tiro, fica envergonhada quando as ondas batendo nas ruínas de Tiro parecem ecoar o lamento da cidade. É como se Tiro nunca tivesse tido filhos para habitá-la! O Egipto também está em agonia com a notícia da perda do seu melhor cliente.

23:6–9 Os tírios são instruídos a procurar asilo em locais tão distantes quanto a Espanha (Társis). Outrora habitantes de uma antiga cidade próspera, seus pés agora os levam para terras distantes. E quem trouxe esse horror a Tiro, com todo o seu poder, riqueza e glória? Foi o Senhor dos Exércitos – determinado a desonrar o orgulho de toda a glória humana.

23:10-17 Em vista do ataque de Nabucodonosor a Tiro, o povo é instruído a fugir para outros países, espalhando-se como o Rio (ou seja, o Rio Eufrates que atravessa muitos países). Deus despertou a Babilônia para destruir a cidade mercantil (Canaã). Mesmo que os refugiados fujam para Chipre, não encontrarão descanso. O profeta fica surpreso com o fato de uma nação obscura de origem humilde, fundada pela Assíria, levar Tiro à ruína. Tiro será esquecida durante os setenta anos da monarquia caldéia. No final desse tempo, retomará alegremente a sua fornicação comercial com todos os reinos do mundo.

23:18 “O lucro e o salário de Tiro” aguarda com expectativa o segundo advento de Cristo, quando “a filha de Tiro virá com um presente” (Sl 45:12). Os seus tesouros serão uma oferta sagrada ao Senhor.

Notas Adicionais

23.1-18 Profecia contra o grande império mercantil e marítimo.

23.2 Sidom. Cidade 40 km ao norte de Tiro, na costa do Mediterrâneo.

23.3 Vastas águas. O mar Mediterrâneo.

23.4 Não dei à luz. O aspecto futuro de Tiro e de Sidom haveria de ser rochas lavadas pelo mar, sem sinal de haver existido ali qualquer civilização. O mar não se lembrará que já houvera habitações naqueles rochedos (cf. Ez 26.4-5, que diz que Tiro virá a ser uma penha descalvada, um enxugadouro de redes). Esta é a situação atual daquela antiga ”feira das nações” (3).

23.6 Társis. Os subsidiários marítimos de Tiro e de Sidom são convocados a integrarem-se à civilização marítima, a mais longínqua existente na época que era Társis, um porto de exportação de minérios, provavelmente na Espanha.

23.7 Pés. São os navios, que levavam os sidônios a toda parte.

23.10 Agora a marinha mercantil de Társis estaria livre da concorrência.

23.12 Sidom. De acordo com Gn 10.15, Sidom é considerada primogênita de Canaã. Tinha precedência no tempo, mas o fato é que Tiro passou a ser a mais importante das duas cidades, desde a invasão dos filisteus em 1150 a.C., quando os sidônios fugiram para a fortaleza mais segura de Tiro.

23.16 Meretriz. Tiro era grande centro de idolatria. Agora, depois de setenta anos de sujeição, voltará a ser uma cidade de comércio internacional. Estas datas podem ser contadas assim: 701, a.C., a cidade é conquistada por Senaqueribe; 651 a.C., a restauração da autonomia coincidindo com a época do declínio do poder da Assíria.

23.18 Dedicados. A renovação da autonomia de Tiro não dependeria dos seus próprios esforços, mas sim da graça de Deus em afastar o perigo dos assírios. Por isso haverá ofertas de ações de graças.

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