Explicação de Isaías 32

Isaías 32

Isaías 32 prevê um tempo de liderança justa e restauração. O capítulo descreve a transformação de uma terra outrora desolada em um reino frutífero e justo. Fala de um rei que reinará com integridade, proporcionando abrigo e proteção. O contraste entre os justos e os ímpios é enfatizado e as consequências para cada um são destacadas. O capítulo também aborda o papel do Espírito na realização dessa transformação. Isaías 32 transmite uma mensagem de esperança, retratando um futuro de retidão, justiça e estabilidade sob a orientação do governante ideal de Deus.

Explicação

32:1–8 Os primeiros cinco versículos descrevem o reino milenar de Cristo. Ele é o rei que reina em justiça; os príncipes podem ser os doze apóstolos (veja Mt 19:28). “Um homem será como um esconderijo contra o vento …” – esse Homem é o Senhor Jesus, fornecendo abrigo, proteção, refrigério e sombra. A cegueira judicial não mais afligirá o povo, nem os ouvidos estarão fechados para ouvir obedientemente. Aqueles que agora tomam decisões precipitadas terão discernimento, e aqueles que agora gaguejam se expressarão sem hesitação. As distinções morais não serão mais borradas. A pessoa insensata não será honrada. A vinda de Cristo revelará os homens em sua verdadeira luz. O tolo e o patife serão expostos como tal (e punidos de acordo). O homem generoso também será manifestado e abençoado. Os versículos 6–8 descrevem a vida como Isaías a via em seus dias.

32:9–15 Mas o reino ainda não chegou. As mulheres de Judá ainda vivem no luxo, conforto e complacência. Em breve o golpe do julgamento cairá – quebra de safra, despovoamento e desolação. Os problemas de Judá continuarão até que o Espírito seja derramado no Segundo Advento de Cristo. Então o deserto se tornará um campo frutífero, e o que agora é considerado um campo frutífero será tão luxuriante quanto uma floresta.

32:16–20 A justiça social e a retidão permearão todos os aspectos da vida, resultando em paz, sossego, segurança e confiança. O inimigo (floresta) será arrasado pelo granizo do julgamento de Deus, e a cidade (sua capital) será derrubada. Será um tempo feliz, quando as pessoas podem semear com segurança ao lado de todas as águas e quando o boi e o burro podem andar livremente sem perigo.

Notas Adicionais:

32.1 Um rei: É o próprio Cristo, verdadeiro herdeiro espiritual da linhagem de Davi (11.110). Será o protetor do Seu povo (32.2).

32.2 Cada um: Lit. “E haverá um homem”; este Rei será a resposta para cada situação difícil, inclusive problemas espirituais representados pelos perigos físicos que eram comuns numa sociedade agrícola primitiva.

32.3 Cessará a cegueira espiritual, para que se possam enxergar as verdades divinas (veja as notas de 2.11-12 e de 29.18).

32.5 Louco: Heb nãbhãl. “Estulto”, especialmente em assuntos religiosas e morais; ”louco”, no sentido de estar fora dos propósitos divinos (Ez 13.3); “ímpio” como se vê em Sl 14.1-3 (onde se traduz por “insensato”). Como nome próprio, Nabal aparece em 1 Sm 5.25-26, onde se nota um jogo de palavras. O louco se define no v. 6, e em Jr 10.8; Rm 3.10-12. Blasfema o nome de Deus e é incompassivo com o homem.

32.8 Nobre: Heb nãdhlbh, da raiz nâdhabh, “impulsionar”, que na forma intensiva e reflexiva quer dizer “ser generoso”, “ser liberal”, tanto nas ofertas religiosas, como no socorro ao aflito. Inclui a ideia de boa vontade, e aplica-se também a pessoas da nobreza e “fidalgos” (Nm 21.18).

32.9-13 Contra as mulheres vaidosas (cf. 3.16-26; Am 6.1-6).

32.11 O profeta descreve várias maneiras de se dar expressão ao luto, modalidades que até hoje estão em uso no Líbano.

32.15 O Espírito: Só o Espírito Santo, procedendo do Pai e do Filho, pode conceder vida espiritual (cf. 63.10-14; Jo 6.63).

32.16-19 A presença do Espirito Santo nota-se no fruto espiritual da sua benigna influência (cf. Jo 15.8; 14.16-20).

32.20 A prosperidade externa verificasse como ilustração das riquezas espirituais provenientes do derramamento do Espírito. Pode ser uma previsão do Milênio (cf. Ap 20.4).

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