Explicação de Isaías 27

Isaías 27

Isaías 27 fala da eventual restauração e redenção do Seu povo por parte de Deus. O capítulo retrata o cuidado de Deus por Israel, muitas vezes descrito como uma vinha ou um jardim. Descreve um dia em que Deus punirá as forças do mal e reunirá Seu povo disperso. A imagem de uma trombeta soando simboliza o retorno dos exilados. O capítulo enfatiza a fidelidade de Deus e a eventual renovação da terra e do povo. É uma mensagem de esperança e restauração, lembrando aos leitores o amor duradouro de Deus e Seus planos para o futuro.

Explicação

27:1 No próximo dia do Senhor, Jeová castigará o Leviatã, a serpente fugitiva (Assíria), o Leviatã, a serpente retorcida (Babilônia), e matará o réptil que está no mar (Egito). Alguns comentaristas entendem todos os três monstros como simbolizando a Babilônia. Outros ainda os veem como a representação de Satanás, que energiza as potências mundiais; ele é chamado de serpente e dragão (Gn 3:1; Ap 12:3; 13:2; 16:13).

27:2–6 Naquele dia Deus se regozijará sobre Sua redimida vinha de vinho tinto (Israel) com cânticos. Ele a guardará noite e dia. Ele não tem mais fúria contra Seu povo. Se quaisquer poderes hostis surgissem contra o remanescente, Ele os queimaria como sarças e espinhos. Seria melhor que tais poderes se voltassem para o Senhor em busca de proteção e paz. No Milênio Israel florescerá e brotará, e encherá a face do mundo de frutos.

27:7–9 Deus não tratou com Israel como com seus senhores gentios! Não, Seu castigo a Israel foi em medida e limitado. Ele os expulsou para o exílio para purificá-los do pecado da idolatria. Este objetivo será alcançado quando Israel destruir totalmente até o último vestígio de imagens.

27:10, 11 Enquanto isso, Jerusalém é vista em ruínas, como mostrado por bezerros pastando nos arbustos e mulheres colhendo galhos para lenha. Tudo isso aconteceu porque as pessoas não mostraram discernimento espiritual.

27:12, 13 Em um dia vindouro, o Senhor trilhará o verdadeiro e o falso na terra de Israel. Então Ele reunirá os judeus que estão dispersos em nações gentias como a Assíria e o Egito. De volta à terra, eles virão a Jerusalém para adorar ao Senhor.

Notas Adicionais:

27.1 Dragão, serpente... monstro. Expressões simbólicas que se referem aos instrumentos que Deus usou para os julgamentos físicos do passado: a Assíria, o Egito e a Babilônia (cf. Jó 41.1; Sl 74.14; 104.26).

27.4 Espinheiros e abrolhos. Os inimigos do povo de Deus, que muitos estragos causaram, não resistirão ao fogo do julgamento divino.

27.7 As nações pagas, que por um pouco serviriam para disciplinar o povo de Deus, serão muito mais castigadas do que a Nação Santa.

27.8 Xô! xô! Palavras usadas para se enxotar animais domésticos; foi assim que foram tratados os habitantes da Samaria e de Jerusalém (cf. Am 4.1-3).

27.9 As pedras do altar. Trata-se dos altares do paganismo, que, juntamente com os postes-ídolos e os altares de incenso, formaram o aparelhamento da religião dos cananeus, a adoração aos baalins.

27.13 Grande trombeta. Termina assim a descrição do, grande juízo do mundo: os inimigos do Povo de Deus estão aniquilados, e os libertos restaurados para, sua herança. • N. Hom. 27.1-13 É a visão da restauração da terra inteira, por intermédio da reconciliação do Povo de Deus. A videira, símbolo do povo escolhido, que no passado não produziu o fruto da retidão (5.1-7) e, merecendo, ser totalmente destruída (Ez 15.1-8), agora passara o cumprir os propósitos divinos (27.6). Só permanecido vitalmente em Cristo é que o povo de Deus chegará à plena frutificação (Jo 15.1-11). Uma das condições para se permanecer dentro da vontade divina é rejeitar, nas nossas vidas, todos os vestígios do paganismo (v. 9; 1 Jo 5.21).

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