Explicação de Isaías 30
Isaías 30
Isaías 30 aborda a dependência do povo de Judá em alianças estrangeiras, em vez de buscar a orientação de Deus. O capítulo critica a tendência deles de buscar segurança através do Egito, em vez de confiar em Deus. Adverte que a sua confiança em estratégias humanas levará à decepção e ao fracasso. Apesar da sua desobediência, Deus ainda oferece um caminho para o arrependimento e a restauração. O capítulo fala de um tempo futuro em que a graça e a orientação de Deus serão reconhecidas e um sentimento de paz e justiça prevalecerá. Isaías 30 enfatiza a importância de depositar confiança em Deus e buscar Sua orientação em vez de soluções mundanas.Explicação
30:1–7 As crianças rebeldes são os políticos de Judá que fazem uma aliança com o Egito contra a Assíria. Como não há registro de tal aliança, temos razão em pensar nisso como ainda futuro. Judá aprenderá que o Egito não é digno de confiança. Caravanas são vistas carregando tributos de Judá para o Egito, através de áreas perigosas no Negeb (sul), mas embora os enviados judeus cheguem até Zoan e Hanes, todo o projeto está fadado ao fracasso. Deus chama o Egito de “Raabe-Hem-Sebete” (Raabe que fica parado).30:8-14 Que fique registrado para a posteridade que o tratado com o Egito (e toda essa confiança equivocada) é uma rejeição flagrante da lei do Senhor por meio de Seus profetas. Judá verá que o Egito é um pobre muro de defesa. Na verdade, o muro alto vai inchar e cair. Será esmagado tão completamente quanto um vaso de barro, sem fragmentos grandes o suficiente para serem usados em pequenas tarefas.
30:15-17 Deus tem dito a Judá: “Sua salvação está em voltar para mim e descansar em mim. Sua força está na confiança silenciosa em Mim, em vez de uma fuga frenética para o Egito”. Mas Judá disse: “Não, pois voaremos contra o inimigo”. Ao que Deus responde: “Você voará bem, mas em retirada e em pânico! Você será perseguido por forças sub-tripuladas até se tornar como um único e esquelético poste em uma colina.”
30:18–25 Ainda assim o SENHOR esperará para ser misericordioso. “Deus espera até que o desastre de nossa escolha nos ensine a tolice dessa escolha.” Quando Judá se voltar para o Senhor, Ele será seu Mestre, Guia, Doador de chuva, fertilidade e prosperidade, Curador, Rocha e Defensor. Seu povo “jogará fora seus ídolos como as coisas poluídas que são, gritando atrás deles 'Boa viagem!' ”
30:26–33 A luz intensificada do versículo 26 deve ser entendida como símbolo de glória e justiça. As nações ímpias serão peneiradas em uma peneira de destruição. A Assíria será derrotada pelo Senhor, e cada golpe de punição será acompanhado por música jubilosa de Judá. Os fogos ardentes de Tofete (inferno) estão prontos para receber o rei perverso.
Notas Adicionais:
30.1 Fazem aliança: Heb “tecem uma teia”. Sem a minha aprovação. Heb “Não do meu Espírito”; as alianças políticas desobedeciam às diretrizes ensinadas pelos profetas, cujas palavras foram inspiradas pelo próprio Espírito (Êx 23.32; Is 28.18).
30.3 Vergonha: A aliança com o Egito foi a causa da destruição de Judá.
30.4 Zoã... Hanes: Hanes ficava bem ao sul de Mênfis; Zoã é a antiga Tânis. As duas cidades representam o império do Egito.
30.5 Oseias, falando somente às dez tribos do norte, já condenara sua aliança com a Assíria; no sul, em Judá, a possível aliança com o Egito era um assunto em pauta na época da ameaça da Assíria, e na época da Babilônia. O período total durou desde 740 a.C., até 587 a.C.,. (do da destruição total de Jerusalém). Cf. Is 20.5.
30.10, 11 Os profetas fiéis são acusados de pessimismo e falta de patriotismo, por parte daqueles que preferem e proferem .coisas aprazíveis” (cf. Am 2.12; Os 9.7; Mq 2.6, 11). Para muitas pessoas, a religião só é aceita quando traz a parte de consolação, da esperança, da alegria.
30.12 Confiais no opressão: Aqui, a palavra “opressão” descreve a natureza do antigo império do Egito, onde os antepassados dos israelitas tinham passado séculos na escravidão. É de lá que Deus libertou seu povo com milagres portentosos. Daí a falta de entendimento da parte do povo em atravessar o deserto do Sul de Judá, lugar perigosíssimo, para levar ricas ofertas ao Egito (v. 6), para assim voltarem a ser súditos da opressão. Perversidade: Os egípcios viviam da política de jogar uma nação contra outro, só se aventurando à guerra aberta quando as demais nações se tinham esgotado.
30.14 Esta é uma descrição da mais completa destruição.
30.15 No meio da destruição nacional já prenunciada, ainda há uma resposta verdadeira e eficaz a fé em Deus que faz o homem aquietar-se em reverência e confiança perante o Senhor, para receber a solução que provém do Seu poder. A descrença é a única explicação para a rebeldia do povo.
30.17 Mil homens fugirão: Em Lv 26, descrevem-se os castigos que se acumulam com a contínua desobediência aos preceitos divinos; doenças, vitória das selvas, invasões, destruição física e, finalmente, uma transformação psicológica, em que o mínimo perigo ia provocar terror e angústia (Lv 26.36-37). Mastro: Ilustração de desamparo e desolação.
30.18 Bem-aventurados todos os que nele esperam: Mais uma expressão da vitória da fé em Deus (cf. 64.4; Rm 8.28).
30.20 Mestres: Os judeus interpretam este plural como um plural majestoso, isto é, deve ser traduzido “Mestre”, com maiúsculas, referindo-se à pessoa do Messias vindouro. Os vv. 18-26 falam das bênçãos que viriam sobre os remanescentes na época messiânica.
30.22 Ouro: Até as coisas mais preciosas, humanamente falando, tornam-se rejeitadas quando se dedicam a finalidades contrárias à vontade divina, neste caso, à idolatria (cf. 40.19).
30.24 Sal: Sinal de prosperidade, dá qual até os animais domésticos participam. Ilustração de bênçãos espirituais (cf. Mt 5.13).
30.27 O nome do Senhor: A manifestação poderosa da presença de Deus, a revelação da onipotência divina, pela qual a Assíria será vencida.
30.30 Saraiva: Uma repetição do milagre pelo qual Deus protegeu seu povo, séculos antes, na batalha contra os amorreus (Js 10.11).
30.32 Som de tamboris: Instrumentos musicais do exército.
30.33 Fogueira: Heb tophteh, lugar onde se queimavam crianças em sacrifício a Moloque, depois reduzido a depósito do lixo de Jerusalém no vale de Hinom (2 Rs 23.10). Daí vem a palavra Geena, “inferno”.
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