Hebreus 11 — Exposição da Carta aos Hebreus

Hebreus 11 — Exposição da Carta aos Hebreus

Hebreus 11 — Exposição da Carta aos Hebreus




Hebreus 11

11.1 ORA, A FÉ É. O capítulo 11 demonstra a natureza do único tipo de fé aceita por Deus e que triunfará na pior das situações. É uma fé que crê nas realidades espirituais (v. 1), que leva à justiça (v. 4), que busca a Deus (v. 6), que crê na sua bondade (v. 6), que tem confiança na sua palavra (vv. 7,11), que obedece aos seus mandamentos (v. 8), que vive segundo as promessas de Deus (vv. 13,29), que rejeita o espírito deste presente mundo mau (v. 13), que busca um lar celestial (vv. 14-16; cf. Hb 13.13,14), que abençoa a geração seguinte (v. 21), que recusa os prazeres do pecado (v. 25), que suporta a perseguição (v. 27), que pratica poderosos atos de justiça (vv. 33-35), que sofre por amor a Deus (vv. 25,35-38) e que não volta àquela pátria donde haviam saído, i.e., o mundo (vv. 14-16; ver o estudo FÉ E GRAÇA)
11.3 OS MUNDOS, PELA PALAVRA DE DEUS, FORAM CRIADOS. A fé pela qual entendemos que Deus criou o mundo é a fé na revelação divinamente inspirada que se acha em Gn 1 e noutros trechos das Escrituras (cf. Sl 33.6,9; Is 55.11)
11.4 OFERECEU A DEUS MAIOR SACRIFÍCIO. Deus aceitou o sacrifício de Abel, porque este era justo, dedicado e obediente a Ele (cf. Pv 15.8; Mt 23.35; 1 Jo 3.12).
11.6 CREIA QUE ELE EXISTE. Este versículo descreve as convicções integrantes da fé salvífica. (1) Devemos crer na existência de um Deus pessoal, infinito e santo, que tem cuidado de nós. (2) Devemos crer que Ele nos galardoará quando o buscamos com sinceridade, sabendo que nosso maior galardão é a alegria e a presença do próprio Deus. Ele é nosso escudo e nossa grande recompensa (Gn 15.1; Dt 4.29; Mt 7.7,8 nota; Jo 14.21 nota). (3) Devemos buscar a Deus com diligência e desejar ansiosamente a sua presença e graça.
11.8 PELA FÉ ABRAÃO... OBEDECEU. A fé e a obediência são inseparáveis entre si, assim como também são inseparáveis a incredulidade e a desobediência (3.18,19; ver Jo 3.36  nota).
11.10 PORQUE ESPERAVA A CIDADE. Abraão sabia que a terra que lhe fora prometida, aqui no mundo, não era o fim da sua jornada. Pelo contrário, o fim era bem além, na cidade celestial, que Deus preparara para seus servos fiéis. Abraão serve de exemplo a todo o povo de Deus; devemos reconhecer que estamos apenas de passagem neste mundo, caminhando para nosso verdadeiro lar no céu. Não devemos pensar em segurança plena neste mundo, nem ficar fascinados por ele (vv. 14,16; 13.14). Devemos nos considerar estrangeiros e exilados na terra. Esta não é a nossa pátria, mas território estrangeiro; o fim da nossa peregrinação será uma pátria melhor (v.16), a “Jerusalém celestial” (12.22) e a “cidade permanente” (13.14).
11.13 SEM TEREM RECEBIDO AS PROMESSAS. Estes santos do AT morreram, crendo que Deus tinha algo melhor reservado para eles. Durante a sua vida, não viram a prometida bênção final dos redimidos. Sua esperança estava firmada na vida eterna com Deus, numa pátria celestial e tinham seus olhos fixos na sua cidadania no novo céu e na nova terra (vv. 13-16; cf. Is 65.17; 66.22; Fp 3.20; Ap 21.1). Os crentes, em nossos dias, da mesma forma, devem perseverar na fé e confiar em Deus, mesmo quando não vêem todas as promessas de Deus cumpridas em suas vidas. A fé que Deus aprova é aquela que pode deixar nas suas mãos as suas promessas, para Ele as cumprir segundo a sua vontade.
11.16 DEUS NÃO SE ENVERGONHA DELES. Aqueles que honraram a Deus, vivendo como “peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2.11) e desejando uma pátria melhor, Deus os honrará, chamando-se a si mesmo o seu Deus. Ele não se envergonhará de chamá-los seus próprios filhos (cf. Êx 3.6).
11.25 TER O GOZO DO PECADO. Todo crente tem que, repetidas vezes, fazer a escolha de, ou desfrutar dos prazeres passageiros do pecado, ou sofrer, obedecendo continuamente à vontade de Deus (ver Gl 5.17 nota).
11.35 UNS FORAM TORTURADOS. Deus permitiu que alguns dos seus filhos fiéis experimentassem grandes sofrimentos e provações (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS). Embora desfrutassem da comunhão com Deus, Ele não livrou a todos do sofrimento e da morte (vv. 35-39). (1) Note que, pela fé, alguns “escaparam do fio da espada” (v. 34) e, também pela fé, alguns foram “mortos a fio de espada” (v. 37). Pela fé, um foi livrado; e também pela fé, outro foi morto (cf. 1 Rs 19.10; Jr 26.23; At 12.2). A fé verdadeira não somente levará os crentes a fazerem grandes coisas para Deus (vv. 33-35), mas também, às vezes, os levará a sofrimentos, perseguições, aflições e privações (vv. 35-39; cf. Sl 44.22; Rm 8.36; Mt 5.10 nota). (2) A fidelidade a Deus não garante conforto nem livramento da perseguição neste mundo. Ela nos garante, no entanto, a graça, ajuda e força de Deus em tempos de perseguição, de provações ou de sofrimentos (cf. Hb 12.2; Jr 20.1,7,8; 37.13-15; 38.5; 2 Co 6.9)
11.38 ERRANTES PELOS DESERTOS... CAVERNAS. Os santos fiéis de Deus recusaram-se a conformar-se com os decadentes padrões do mundo e a desfrutar dos seus prazeres imorais, e, em troca disso, receberam o desprezo e as aflições do mundo. Porque rejeitavam o mundo, eram rejeitados pelo mundo. Embora houvesse bênçãos prometidas aos fiéis no AT (Dt 29.9; Js 1.8), tiveram de suportar aflições e privações (vv. 35-38). No NT, os fiéis são ensinados a esperar adversidades (ver 2 Tm 3.12 nota), a se identificarem com a cruz (ver Mt 10.38 nota; Gl 2.20 nota) e seguir o “homem de dores” (Is 53.3; cf. Hb 12.2).
11.40 ELES SEM NÓS. Todos os santos do AT morreram sem receber todas as bênçãos e promessas de Deus. Mas com a morte e ressurreição de Cristo, Ele obteve a perfeita salvação para eles, os quais receberão sua herança integral conosco no novo céu e na nova terra (Ap 20-22).



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